domingo, 18 de agosto de 2013

O atraso

Ontem, no metrô, uma senhorinha me perguntou como fazia pra ir ao Brás. Eu tava mais atrasada do que meus pagamentos de freela, mas, sem saber o porquê, falei pra ela que tava indo no mesmo sentido e que acompanha ela até meu destino e depois indicava quantas estações faltavam.
Ela quase faleceu de alívio. Demorou 3 mil anos pra ela encontrar a carteirinha dela
que dava acesso grátis. A porra da carteira não passou e a senhorinha olhou aflita pra mim com medo de que eu fosse embora. Falei pra ter calma, pois a esperava.
Depois de um tempo a funcionária com
cara de cu liberou a passagem. E lá fomos pegar o metrô.
Cheguei atrasada, tinha que sair mais cedo, e não rolou.
Mas quer saber? Valeu muito a pena porque o abraço de despedida da
velhinha foi uma das emoções mais legais que senti esse ano nessa cidade grande.